29 Mar, 2018

Novo estudo conclui que a solidão aumenta o risco de morte por enfarte ou AVC

Segundo um estudo divulgado a 27 de março, as pessoas que vivem sozinhas ou isoladas socialmente têm um risco maior de mortalidade por enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC).

O estudo, desenvolvido na Grã-Bretanha, envolveu cerca de 479.000 pessoas que responderam a perguntas sobre se eram “socialmente isoladas” (quantas pessoas viam, com que frequência saíam) e se se sentiam sós. “O isolamento social e o sentimento de solidão estão associados a um risco mais elevado de enfarte grave do miocárdio ou de acidente vascular cerebral”, escreveram os investigadores finlandeses na revista médica Heart.

Segundo a equipa, “o isolamento social parece ser um fator de risco de mortalidade independente após um enfarte ou um AVC”. A originalidade deste estudo consiste em isolar o fator solidão dos outros. De facto, viver só é frequentemente associado a outros riscos para o coração, como um estilo de vida pouco saudável (tabagismo, alimentação desequilibrada, falta de atividade física), uma má saúde mental e pobreza. Excluindo os restantes riscos, viver só aumenta a mortalidade após um enfarte ou um AVC em 32%.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou em janeiro a nomeação de uma ministra encarregada das pessoas isoladas, para encontrar soluções para o flagelo social da solidão.

Este sábado, dia 31 de março, celebra-se o Dia Nacional do AVC.

LUSA/SO

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