Sindicato fala em 60 a 80% de adesão na greve dos enfermeiros

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses garante que existem hospitais totalmente paralisados. Blocos operatórios e outros serviços programados são as áreas mais afetadas. Em Coimbra, a adesão é ainda maior.

A adesão à greve dos enfermeiros situa-se nos 60 a 80%, existindo serviços totalmente paralisados devido a este protesto que não será único, caso o Governo não responda às reivindicações destes profissionais, segundo fonte sindical.

José Carlos Martins, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que promoveu esta greve de dois dias, disse aos jornalistas que as consultas, alguns blocos operatórios e outros serviços programados estão a ser os mais afetados pela paralisação.

Sublinhando que existem hospitais com serviços “totalmente paralisados”, José Carlos Martins disse que este nível de adesão espelha bem o descontentamento desta classe que está disposta a novas formas de luta caso o Governo não concretize as reivindicações apresentadas e que estiveram na origem deste protesto.

Os enfermeiros iniciaram às 08:00 de hoje a greve de dois dias pela “valorização e dignificação” destes profissionais, uma paralisação que ficou agendada apesar da marcação de um calendário de negociações com o Governo sobre as suas 15 reivindicações.

Os objetivos desta greve prendem-se essencialmente com a valorização e dignificação dos enfermeiros, segundo o SEP.

A adesão à greve dos enfermeiros em Coimbra, um dos principais polos de saúde do país, cifrou-se em cerca de 70% a 80%, de acordo com dados preliminares do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

O responsável sindical especificou a adesão no turno da manhã no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, que cifrou entre 75% a 80% e no edifício central dos Hospitais da Universidade de Coimbra, cuja adesão à greve dos enfermeiros, na manhã do primeiro de dois dias de paralisação, terá atingido 70 a 75%, embora não estejam ainda contabilizados todos os serviços.

Questionado sobre que cuidados de saúde estão a ser mais afetados, Paulo Anacleto frisou que a paralisação atinge a “globalidade” dos serviços.

“Não se pode dizer que é aquele ou aquele outro, tendo em consideração que há enfermeiros em todos os serviços e, portanto, os enfermeiros fizeram greve transversalmente em todos os serviços”, afirmou.

LUSA/SO

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