Santo Tirso acolhe projeto-piloto de alimentação saudável

O município de Santo Tirso iniciou esta segunda-feira, 5 de março, um projeto-piloto no âmbito do programa “Alimentação Saudável”, que vai abranger as 36 escolas do concelho, com a assinatura de um protocolo.

Dando corpo a um projeto que o Ministério da Saúde está a implementar em todo o país, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, rubricou o protocolo com a autarquia, numa parceria que envolve ainda a Direção Geral da Saúde.

Num refeitório onde foi servido como lanche “pão com pouco sal, uma laranja e nozes” aos alunos, o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, disse que a câmara avançou para o que considera ser “um projeto exemplar de relacionamento entre o Governo e o poder local” de promoção da “alimentação saudável”,

Explicando que se “procura fazer uma educação integral”, abordando a “questão educacional da família, escola, alimentação e ambiente de um modo transversal”, o autarca frisou que o programa chega a todas as escolas do concelho com “equipas pluridisciplinares de acompanhamento, com fiscalização rigorosa das dietas dos nutricionistas, procurando otimizar ao máximo o guião de educação nas escolas para a alimentação saudável”.

“Normalmente são os nossos filhos quem nos chama a atenção para por o cinto de segurança, para não fumar, para não beber, são eles, muitas vezes, os embaixadores das boas práticas na família”, disse. Para o secretário de Estado da Saúde, este é um “passo muito importante no âmbito da alimentação saudável”, dando conta ainda do interesse de “vários municípios em replicar este bom exemplo”.

“Santo Tirso tem características únicas, com uma liderança que possui a visão de que os municípios têm funções e responsabilidades em termos de hábitos de vida saudáveis dos seus cidadãos. Esperamos em conjunto mudar a forma como as famílias olham para esta área”, enfatizou.

E prosseguiu: “olhamos cada vez mais para a saúde não só na vertente curativa, mas, sobretudo, na vertente preventiva, de modo a alterar os hábitos de vida dos portugueses, para que vivam mais anos, com mais saúde e mais felizes e isso começa nestas crianças”.

Segundo a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, a refeição que a partir de hoje fica disponível “é claramente mais equilibrada e saborosa, apetecível e de acordo com as tradições e com a produção local”.

“Há uma consciencialização que é também preciso fazer-se em casa, o trabalho faz-se trabalhando. É preciso mudar muita mentalidade, organização e um projeto destes não é estático, é contínuo e tem que se ir envolvendo para colhermos os frutos”, disse, aludindo ao papel dos pais na alteração dos hábitos alimentares, também, em casa.

Sobre as cantinas, Fernando Araújo referiu que a “fiscalização tem aumentado e vai aumentar”, afirmando ser uma matéria que “preocupa o ministério”, num esforço que leva a “tomar medidas no sentido de aumentar as inspeções, a exigência e o rigor, de forma a que as centenas de milhar de refeições servidas anualmente tenham a qualidade pretendida”.

LUSA/SO

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