30 Jan, 2018

Mais de 350 mortes por tuberculose pulmonar na cidade angolana do Lubango

A tuberculose pulmonar matou 353 pessoas, de um total de 2.010 casos registados, em 2017, no hospital sanatório do Lubango, capital da província angolana da Huíla. A informação foi avançada hoje pelas autoridades locais.

Os números avançados pelo diretor clínico do hospital sanatório do Lubango, Lourenço Kotele, apontam para um aumento de 75 óbitos, comparativamente a 2016.

Segundo o responsável, o aumento do número de mortes deveu-se à falta de medicamentos, além da distância que separa muitos doentes do hospital.

“Houve este aumento drástico pela falta de medicamentos para se fazer um seguimento real dos doentes e temos pacientes que percorrem vários quilómetros e atrasam a chegada à unidade. Muitos deles morrem em menos de 24 horas”, referiu o diretor clínico.

Kotele explicou que a descrença nos serviços de saúde tem sido uma das causas que contribui para o número elevado de óbitos, porque muitos doentes preferem antes ir às igrejas, para se curarem através de orações, e alguns recorrem a tratamentos tradicionais.

A ministra da Saúde angolana disse recentemente que a tuberculose é uma patologia com alta taxa de mortalidade, constituindo um caso sério de saúde pública e cuja incidência tem vindo a aumentar desde 2012, com cerca de 60 mil pessoas infetadas pela doença.

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