Universidade de Leicester desenvolve vírus no Algarve para erradicar infeção no intestino

Os investigadores estão no Biométrio da Universidade do Algarve a desenvolver o trabalho "in vivo" deste projeto.

Explorar o potencial que os bacteriófagos (fagos) têm como alternativa para combater a Shigella é o objetivo de Nathan Brown e Marta Clokie, investigadores da Universidade de Leicester, que se encontram no Biotério da Universidade do Algarve a desenvolver o trabalho in vivo deste projeto, com o apoio de Vítor Fernandes, investigador do Centro de Investigação em Biomedicina da UAlg.

Todos os anos morrem, nos países subdesenvolvidos, mais de 600 mil crianças vítimas de Shigelose, uma infeção aguda no intestino causada pela bactéria “Shigella spp. Os sintomas incluem febre, náuseas, vómitos e diarreia, sendo as crianças com menos de dois anos de idade as mais afetadas pela doença. O elevado custo dos antibióticos, a crescente resistência, e os efeitos colaterais dos mesmos têm vindo a fazer com que se pense numa nova abordagem de tratamento com bacteriófagos – vírus que “comem” bactérias.

Os resultados desta experimentação permitirão aos investigadores compreender, ao longo dos próximos dois anos, se este “cocktail” de bacteriófagos se revela eficaz no combate à Shigelose e se, após os testes animais, será possível avançar para um ensaio clínico.

A Universidade do Algarve, através do Centro de Investigação em Biomedicina, encontra-se, assim, na vanguarda da investigação, acolhendo um dos mais promissores ensaios alguma vez realizados para este tipo de doença.

Comunicado/SO

 

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