22 Jan, 2018

Instituto Ricardo Jorge promove primeiro estudo nacional sobre Infeções Sexualmente Transmissíveis

O estudo é dirigido a jovens entre os 18 e os 24 anos, a população que apresenta maior risco de desenvolvimento de complicações clínicas graves decorrentes das infeções sexualmente transmissíveis (IST).

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do Departamento de Doenças Infeciosas, está a promover o primeiro estudo sobre a prevalência em Portugal continental de quatro microrganismos responsáveis por infeções sexualmente transmissíveis (IST). Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalium e Trichomonas vaginalis são os quatro microrganismos alvo do estudo, coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis, com o apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, bioMérieux e Genomica. O conhecimento da frequência destas quatro IST em Portugal tem como objetivo implementar futuras ações de prevenção.

Os interessados devem dirigir-se a um laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, entidade responsável pelo recrutamento de participantes, realizar uma colheita de urina e autorizar a que esta seja utilizada para o estudo destes quatro agentes de IST. A participação é voluntária, anónima e gratuita, sendo que os participantes podem ter acesso aos seus resultados.

Em Portugal, os dados sobre os agentes causais e prevalência de IST são escassos ou inexistentes. A maioria das IST não apresenta sintomas, o que significa que, geralmente, os indivíduos desconhecem que estão infetados e transmitem essa infeção a outras pessoas. Na população jovem, estas infeções assumem um carácter mais preocupante dado que, quando não são atempadamente diagnosticadas e tratadas, podem provocar consequências negativas, sobretudo para a saúde reprodutiva, causando infertilidade ou patologias no recém-nascido.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estas quatro IST curáveis causam mais de 350 milhões de novas infeções por ano, no mundo, sendo as mais frequentes nos jovens sexualmente ativos. As IST não tratadas potenciam também o risco de aquisição e transmissão de IST mortais como a infeção VIH/SIDA.

Comunicado/SO

 

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