Expor o nosso lado mais frágil torna-o, incrivelmente, mais forte
[et_pb_section admin_label=”section”][et_pb_row admin_label=”row”][et_pb_column type=”4_4″][et_pb_post_title admin_label=”Título” title=”on” meta=”off” author=”on” date=”off” categories=”off” […]

Expor o nosso lado mais frágil torna-o, incrivelmente, mais forte

[et_pb_section admin_label=”section”][et_pb_row admin_label=”row”][et_pb_column type=”4_4″][et_pb_post_title admin_label=”Título” title=”on” meta=”off” author=”on” date=”off” categories=”off” comments=”off” featured_image=”off” featured_placement=”above” parallax_effect=”on” parallax_method=”on” text_orientation=”center” text_color=”dark” text_background=”off” text_bg_color=”rgba(255,255,255,0.9)” title_all_caps=”off” use_border_color=”off” border_color=”#ffffff” border_style=”solid” custom_css_post_image=”float: left;|| width: 180px;|| height:190px;|| object-fit: cover;|| margin-top: 30px;|| margin-right: 30px;|| margin-bottom: 10px;|| margin-left: 0;|| max-width: 180px;|| border: 3px solid #999999;|| border-radius: 150px;|| -webkit-filter: grayscale(100%);|| filter: grayscale(100%);” module_bg_color=”rgba(255,255,255,0)”] [/et_pb_post_title][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row admin_label=”Row” make_fullwidth=”off” use_custom_width=”off” width_unit=”on” use_custom_gutter=”off” padding_mobile=”off” allow_player_pause=”off” parallax=”off” parallax_method=”off” make_equal=”off” parallax_1=”off” parallax_method_1=”off” parallax_2=”off” parallax_method_2=”off” column_padding_mobile=”on” custom_css_main_1=”position: relative;||”][et_pb_column type=”1_4″][et_pb_team_member admin_label=”Dados do Médico” name=”Marine Antunes” image_url=”https://saudeonline.pt/wp-content/uploads/2017/08/Marine-Antunes.jpg” animation=”off” background_layout=”light” use_border_color=”off” border_color=”#ffffff” border_style=”solid” module_class=”ds-thumbnail-blog-red” header_font=”|on|||” header_font_size=”16″ custom_css_member_image=”-webkit-clip-path: circle(50% at 50% 50%);||clip-path: circle(50% at 50% 50%);||”] [/et_pb_team_member][et_pb_image admin_label=”Image” src=”https://saudeonline.pt/wp-content/uploads/2017/08/Marine-Antunes2.jpg” show_in_lightbox=”off” url_new_window=”off” use_overlay=”off” animation=”left” sticky=”off” align=”left” force_fullwidth=”off” always_center_on_mobile=”on” use_border_color=”off” border_color=”#ffffff” border_style=”solid” custom_margin=”100px|||” /][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_4″][et_pb_text admin_label=”Corpo do texto” background_layout=”light” text_orientation=”left” use_border_color=”off” border_color=”#ffffff” border_style=”solid”]

Sempre me exprimi melhor a escrever do que de outra forma. As palavras sempre foram fáceis para mim. Sei que, conseguir dizer aquilo que sinto é um privilégio – sobretudo quando aquilo que sentimos é tão íntimo ao ponto de nos perfurar. Escrevo desde sempre. Lembro-me de começar a aprender o desenho das letras ainda antes de entrar para o primeiro ano escolar com a minha irmã que fingia ser professora. Brincávamos num mundo de faz de conta mas, sem sabermos, aquilo que fazíamos era muito sério. Era a construção da minha identidade. Brincávamos ao mundo do faz de conta enquanto construímos a minha verdade.

Fui crescendo sempre a gostar de escrever. Fazer a cópia, o ditado e depois a composição onde já poderia usar a minha imaginação era fazer-me feliz. Dizia que queria ser escritora e ainda não sabia o que isso implicaria. Os meus pais, sempre orgulhosos daquilo que eu escrevia, pediam-me para ler em voz alta os meus textos às visitas e eu fazia-o de bom grado. Percebi que também gostava do som das letras.

Quando fiquei doente, em 2003, precisei mais do que nunca das palavras. Elas tiveram um peso maior em mim. Precisei delas para acalmar os meus pais (usei-as para lhes dizer que estava bem e enumerar os tantos aspetos positivos daquela fase), precisei das palavras para as colocar no meu diário amarelo (usei-as para descrever os meus dias e entender as minhas emoções), precisei delas para permanecer na rotina como antes, brincando e socializando como sempre fizera. Cresci. Cresci a falar muito, claro, a escrever muito também, ainda sem saber exatamente para onde me levariam as letras.

E elas levaram-me até aqui: em 2013, criei o projeto Cancro com Humor. Licenciada em Comunicação Social, com alguma experiência em stand-up comedy, quis que a escrita me ajudasse a exteriorizar alguns assombros. Expor o nosso lado mais frágil torna-o, incrivelmente, mais forte. E foi isso que decidi fazer. Comecei por criar um blogue onde partilhava os meus pensamentos mas sempre no registo humorístico – não, a minha ideia não era ter apenas graça. O Cancro com Humor é muito mais do que isso. Quis que o humor fosse uma ferramenta de auxílio para conseguir falar sobre temas difíceis. Não há nada melhor do que o humor para nos ajudar a deixar cair algumas capas. Não há nada melhor que o humor para dizermos aquilo que sentimos, que queremos mas que às vezes nos assusta tanto. E foi exatamente por utilizar o humor na desmistificação, que o projeto começou a fazer tanto sentido. Do blogue, passei para as palestras, para o livro, sempre em contacto com centenas de histórias de vida – mil e uma formas de falar de cancro sem tabus até que, em 2016, decidi escrever este segundo livro que apresento agora.

“Cancro com Humor 2”, nasce no meio de um projeto que já existe há uns anos e, é por isso, o meu trabalho mais maduro e mais vulnerável de sempre. Neste livro, já não sou apenas a sobrevivente de cancro mas também a sobrevivente por culpa do cancro. Sou a Marine que mergulhou numa fórmula, numa forma de estar com toda a entrega do mundo. É um livro que fala de superação e morte, amor e humor e que quer provar que, independentemente do que estás a passar, é possível ser feliz no caos.

Nota: Este é um livro de autor e conta com o apoio e amizade da reconhecida empresa internacional OncoDNA.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]
Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais