26 Jul, 2017

Alargar testes das hepatites para erradicar doença até 2030

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD) solicitou hoje aos países que alarguem a realização dos testes de diagnóstico das hepatites virais para se conseguir erradicar a doença até 2030

Na véspera do Dia Mundial das Hepatites, a agência, com sede em Estocolmo, estimou que 4,7 milhões de europeus vivam com hepatite B crónica e 3,9 milhões com hepatite C crónica, embora grande parte deles desconheçam que estão infetados, porque não foram diagnosticados.

Alargar os testes permitiria tratar as pessoas infetadas e reduzir o risco de transmissão, defende em comunicado o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, alertando que as hepatites virais são “uma doença silenciosa”, que se não forem tratadas podem evoluir para cirrose ou cancro do fígado.

“São necessários grandes esforços para reduzir o sofrimento e os custos resultantes das hepatites na Europa”, afirma o Comissário Europeu da Saúde e da Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, no comunicado.

Vytenis Andriukaitis adianta que a Comissão Europeia está empenhada em ajudar os Estados-Membros da UE a acabar com o VIH/Sida e a tuberculose e reduzir as hepatites virais até 2030, o que exige ampliar em grande escala os programas de diagnóstico e prevenção e combinar instrumentos sanitários, sociais e educativos.

“Existem medicamentos muito eficazes para tratar as pessoas infetadas com hepatite B e C”, mas o principal problema na Europa é a deteção de casos”, afirma o diretor do centro europeu, sublinhando que “há demasiadas infeções com hepatites virais que permanecem sem diagnóstico”.

Segundo estimativas do CEPCD, a prevalência da hepatite B nos países da União Europeia, na Noruega, na Suíça e no Liechtenstein é de cerca de 0,9%, enquanto no caso da hepatite C ronda os 1,1%, mas estes números podem ser mais elevados.

Em 2015 foram reportados ​cerca de 60.000 novos casos de hepatites virais nestes países e, embora tenham aumentado as pessoas diagnosticadas pelo aumento da triagem, o centro adverte que há grandes diferenças entre os países.

A taxa de notificações graves de hepatite B tem diminuído nos últimos anos, especialmente entre os jovens, o que poderá refletir o impacto positivo dos programas de vacinação, salienta o centro.

Contudo, essa taxa não é representativa da incidência de uma doença que, reiterou a agência, pode ser assintomática durante muitos anos.

LUSA/SO/SF

 

 

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