21 Jul, 2017

Instituto do Porto abre hoje concurso para prémio internacional na área da saúde

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) abriu hoje um concurso para um prémio internacional que visa distinguir projetos na área da saúde, criar novos produtos e facilitar o desenvolvimento de empresas

Esta iniciativa, designada i3S-Hovione Capital Innovation Prize, surgiu de uma parceria entre instituto e a Hovione Capital, uma sociedade privada independente dedicada à gestão de ativos, especializada no investimento e na gestão de projetos em fase inicial na área das ciências da saúde, informa um comunicado do i3S.

“Parecia-nos que faltava um prémio dedicado diretamente à inovação na área da saúde, em particular na parte de biomédica, de dispositivos e meios de diagnósticos, que pretende fazer diferença também por ser internacional”, disse à Lusa João Cortez, especialista do i3S na área de transferência de conhecimento.

O grande objetivo, segundo indicou, é criar um prémio de inovação na região norte, que coloque o i3S “no mapa” e que distinga empresas em fase inicial, com pouco valor investido.

Esta parceria conta ainda com o apoio do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT-Health), uma rede de instituições ligadas às tecnologias na saúde, para a projeção além-fronteiras do concurso.

Para além desta, associaram-se à iniciativa várias entidades, possibilitando que se ofereça às empresas um leque alargado de serviços, como a consultoria jurídica, propriedade intelectual e apoio em assuntos regulamentares, de forma a completar o ciclo daquilo que as tecnologias desta área precisam, num prémio único, explicou João Cortez.

O prazo de candidatura para o concurso termina a 7 de setembro, havendo, no dia 28 do mesmo mês, um evento que pretende promover o encontro entre os investidores e as empresas selecionadas, à porta fechada.

Durante a tarde, o evento é aberto ao público e o prémio de 35 mil euros é divulgado e atribuído ao projeto vencedor.

Haverá ainda, ao longo do evento, espaço para uma sessão adicional entre as empresas e investidores internacionais, com interesse em dispositivos médicos, de diagnóstico e de monitorização de saúde.

João Cortez adiantou que existe uma segunda distinção, na qual cada um dos parceiros associados à iniciativa pode escolher uma empresa e atribuir o seu prémio à mesma, que passa apoio no seu desenvolvimento.

O membro do i3S disse também que se vai propor a todos os inscritos no evento que contribuam com um mínimo valor monetário, para ser depois entregue à equipa ganhadora, constituindo-se assim um terceiro prémio.

Para Margarida Rossi, especialista do i3S na área de transferência de conhecimento referida no comunicado, a criação de novos produtos médicos são uma forma de retorno do investimento feito em investigação.

“O desenvolvimento de novas empresas leva ao emprego especializado, que absorve os recursos humanos qualificados que o instituto tem vindo a formar”, indicou.

Hugo Prazeres, também especialista em transferência de conhecimento no i3S, afirmou que todos saem a ganhar desta parceria.

“O Instituto, por criar uma atmosfera de excelência para a inovação, a Hovione Capital, ao ter acesso e participar desde cedo no surgimento de novas ideias e, acima de tudo, os empreendedores, por terem uma oportunidade de dar corpo às suas ideias inovadoras”, acrescentou.

LUSA/SO/SF

 

 

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