Lei de Meios para a sustentabilidade do SNS defendida pelo presidente da APIFARMA

A APIFARMA pede visão de longo prazo para a Saúde numa proposta alicerçada numa "Lei de Meios" para o SNS, de programação plurianual, e no "reconhecimento do valor económico e social" da Saúde

O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica defendeu uma visão de longo prazo de modo a garantir a “a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e o acesso de todos os portugueses aos cuidados que necessitam, independentemente da sua condição socioeconómica ou geográfica”.

João Almeida Lopes sublinhou, durante a tomada de posse dos Órgãos Sociais das APIFARMA, ontem em Lisboa, que todos “todos têm defendido, em uníssono, que Portugal precisa de uma lei de programação que dê estabilidade e ajuste o orçamento do sistema de saúde às reais necessidades dos cidadãos”.

O presidente da APIFARMA fez também referência ao pacto da Saúde proposto pelo Presidente da República e ao consenso das oito ordens profissionais da saúde no que diz respeito ao tema, para defender que “estão criadas as condições na sociedade portuguesa” para avançar para “uma lei plurianual que adapte o orçamento, garanta a Sustentabilidade do SNS e promova a excelência em Saúde”.

Outro tema preocupante destacado por João Almeida Lopes é o acesso à inovação, que apesar de “reconhecer a aprovação, em 2016, de 51 processos relativos a medicamentos que aguardavam decisão”, sinalizou a necessidade de manter esta tendência para garantir, “em nome dos doentes, o acesso célere e equitativo a terapêuticas inovadoras”.

No seu discurso, apelou também ao reconhecimento d valor económico e social da Saúde. “Pelo investimento, pelo emprego e pela competitividade do país, devemos entender esta área como um indutor de crescimento e desenvolvimento de Portugal”, alertou.

João Almeida Lopes defende que “este novo olhar sobre a Saúde” é uma mais valia na medida em que pode sustentar a candidatura do Governo para acolher, em Portugal, a Agência Europeia do Medicamento.

No final da sessão pública, o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu que “o Governo está fortemente empenhado num pacto” em torno da Saúde, que “perdure para além de uma legislatura”.

Adalberto Campos Fernandes anunciou a criação de um grupo de trabalho entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Economia. “Vamos trazer a Economia para a Saúde, para que esta assuma o espaço que tem e merece no país”, disse.

 

Comunicado de Imprensa/SO

 

 

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