24 Nov, 2016

Medicamentos mais baratos nos ‘hiper’ mas mais procurados nas farmácias

Os medicamentos não sujeitos a receita médica continuam a ser mais baratos nos hipermercados do que nas farmácias, com preços 13% mais reduzidos num conjunto de 24 fármacos analisados pela associação de defesa do consumidor Deco

A Deco/Proteste analisou o preço de 24 medicamentos não sujeitos a receita médica em farmácias e nos espaços saúde dos hipermercados, comparando preços de analgésicos, xaropes para a tosse ou antigripais e anti-histamínicos.

Conclui que o conjunto desses 24 medicamentos é 13% mais barato nos hipermercados do que nas farmácias, segundo o estudo que vai ser publicado na próxima edição da revista Teste Saúde e a que a agência Lusa teve acesso.

Apesar de serem mais baratos nos hipermercados, as farmácias continuam a ser as preferidas dos consumidores e detêm uma fatia de quase 80% das vendas dos remédios não sujeitos a receita.

“Desde que a venda de medicamentos não sujeitos a receita foi permitida fora das farmácias, em 2005, e o seu preço deixou de ser fixado pelo Estado, os nossos estudos têm demonstrado, de forma consistente, que as farmácias têm o preço médio mais elevado”, refere a Deco.

Do grupo dos medicamentos mais vendidos desde 2005, só 11 se mantiveram mas o preço aumentou quase 40%, ao contrário dos fármacos sujeitos a receita, cujos preços têm vindo a diminuir.

O conjunto dos 24 medicamentos analisado custa, em média, 118,50 euros nos hipermercados, 134,17 euros nas parafarmácias e 134,37 nas farmácias.

As farmácias são os espaços que apresentam, segundo a Deco, maior variação de preços para o mesmo medicamento: em muitos casos foram encontrados nas farmácias os preços mais baixos e os preços mais altos.

A Deco analisou também preços de dez produtos para cuidados pessoais ou de dermocosmética, como creme após muda de fraldas ou produtos contra os piolhos. Também aqui os hipermercados surgem como os que praticam o preço médio mais baixo, mas a diferença percentual em relação às farmácias é de apenas 4%.

Em termos regionais, Viseu apresentou o valor médio mais baixo quer nos medicamentos analisados quer nos produtos de higiene pessoal.

Lisboa exibiu o valor mais elevado no caso dos medicamentos e Coimbra o mais alto no conjunto dos 10 produtos de higiene ou dermocosmética.

Os preços foram recolhidos pela Deco entre junho e julho deste ano num total de 206 farmácias, 92 parafarmácias e 69 lojas de hipermercados que responderam. No total foram recolhidos 8.935 preços em 308 estabelecimentos.

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