23 Jun, 2017

Açores realizaram mais de 46 mil consultas de nutrição nos últimos três anos

Os Açores realizaram entre 2014 e 2016 um total de 46.430 consultas de nutrição, a grande maioria a utentes entre os 35 e 44 anos devido a patologias como a obesidade e o excesso de peso, foi hoje anunciado

“Em 2014 foram efetuadas 12.676 consultas, em 2015 um total de 15.437 consultas e, no ano passado, foram realizadas 18.317 consultas por profissionais de nutrição”, adiantou a diretora regional da Saúde, Tânia Cortez, em declarações à agência Lusa.

Segundo a responsável, as situações mais frequentes que levam as pessoas a estas consultas são a obesidade e o excesso de peso.

“Existem também outras circunstâncias, nomeadamente o aumento da gordura no sangue, as diabetes e a hipertensão, patologias onde é mais necessária a ajuda de um profissional de nutrição”, acrescentou Tânia Cortez, destacando que os Açores são a única região do país com nutricionistas em todos os centros de saúde.

De acordo com a diretora regional da Saúde, os doentes são geralmente referenciados por outros profissionais de saúde, maioritariamente médicos e enfermeiros, mas os psicólogos podem também indicar estes utentes.

A diretora regional da Saúde admitiu que o aumento de consultas de nutrição pode estar relacionado com um reajuste de recursos nesta especialidade, assinalando que entre 2015 e 2016 entraram ao serviço mais nutricionistas.

Ainda assim, Tânia Cortez sublinhou que o crescimento pode também estar relacionado com o aumento de patologias associadas à necessidade destas consultas.

Segundo o Inquérito Regional de Saúde de 2014, 36,5% da população entre os 20 e os 74 anos tem excesso de peso, enquanto 27,5% da população na mesma faixa etária tem obesidade.

“A questão da obesidade e do excesso de peso envolve vários fatores e a alimentação é um deles”, referiu, alertando para a questão do sedentarismo.

Existem outras circunstâncias, nomadamente algumas patologias que podem também influenciar e desencadear o aumento da obesidade e do excesso de peso, acrescentou Tânia Cortez.

“Não podemos deixar também de pensar nos números de hipotiroidismo, que é uma doença que influencia o peso”, explicou a diretora regional, frisando que as depressões podem, igualmente, ter uma influência, tendo em conta o consumo de medicamentos que leva a um aumento de peso nalgumas situações e conduzem a uma inércia e, consequentemente, ao aumento do sedentarismo.

Tânia Cortez realçou ainda a “mais-valia da taxa de cobertura” de consultas de nutricionistas na região, o que torna mais acessível à população o recurso a estes profissionais e, em simultâneo, permite um trabalho em equipa com outros especialistas no seguimento de várias patologias.

LUSA/SO/CS

 

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