19 Jun, 2017

Angolanos previnem SIDA pela aparência e têm pouco conhecimento sobre a doença

Menos de 10 por cento dos jovens angolanos que vivem em meio rural têm conhecimento abrangente da prevenção da transmissão do VIH/Sida, assumindo os restantes conceções erradas como julgando a "aparência saudável" como fator de confiança

Os dados constam do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS), realizado entre 2015 e 2016 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola e cujas conclusões foram agora reveladas, estimando que apenas 32% (média ponderada entre ambientes rural e urbano) dos jovens de 15 a 24 anos “têm conhecimento abrangente” sobre a prevenção do VIH/Sida.

Conclui ainda que o conhecimento sobre a doença e forma de transmissão “é mais baixo na área rural”, que no caso das mulheres é de 9,4%, subindo para 41,5% no meio urbano.

Por conhecimento abrangente do VIH o estudo refere conhecer as formas para evitar a transmissão sexual, como “fidelidade” e “uso de preservativo”, enquanto o desconhecimento aponta conceções erradas como “aparência saudável” como fator de confiança ou a transmissão através de mosquitos ou pela partilha de alimentos.

“Quanto mais baixa é a escolaridade, menor o conhecimento sobre o VIH”, referem ainda as conclusões do estudo do INE.

Além disso, o IMSS refere que 1,7% das mulheres tiveram relações sexuais com dois ou mais parceiros nos últimos 12 meses, percentagem que desce para 0,7% no meio rural (2,1 no meio urbano). À mesma pergunta, cerca de 18,5% dos homens inquiridos confirmaram o mesmo, num peso semelhante entre meios urbano e rural.

Ainda assim, apenas 24,3% das mulheres com mais de um parceiro admitem usar preservativo nas relações sexuais, enquanto nos homens o uso é de 29,5% dos casos.

O levantamento realizado pelo INE conclui igualmente que 30% de mulheres e 20% de homens fizeram o teste de VIH nos últimos 12 meses e receberam os resultados.

LUSA/SO/CS

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