28 Mar, 2017

Utentes de Espinho reúnem 10 mil assinaturas para reabrir Urgência

O Movimento de Utentes da Saúde em Espinho vai entregar amanhã, na Assembleia da República, mais de 10 mil assinaturas de cidadãos do concelho que assim apela à reabertura do Serviço de Urgência no hospital local

O número de subscritores supera largamente o mínimo das quatro mil assinaturas necessárias para levar o tema a discussão em plenário, pelo que os promotores da iniciativa esperam que os deputados da Nação revelem “sensibilidade para com uma pretensão que, em termos realísticos, é totalmente exequível”.

“Antes do fecho da Urgência em 2007, o Hospital de Espinho recebeu investimentos avultadíssimos que o deixaram completamente equipado e em ótimas condições. Está perfeitamente apto a receber novamente a Urgência”, afirmou hoje à Lusa António Moreira, um dos porta-vozes da campanha.

Referindo que isso ajudaria a aliviar a pressão sobre as urgências dos hospitais de Gaia e da Feira, que estão “a rebentar pelas costuras”, o mesmo médico defende que, a não ser cumprida a vontade expressa pelos 10 mil subscritores da petição, “isso será só por falta de vontade política”.

“Por razões economicistas, o Governo tem preferido concentrar todos os recursos no mesmo sítio e esquece-se que, com menos ovos, não se podem fazer mais omeletas”, defende, realçando que “a saúde é para estar ao serviço das pessoas, em proximidade, e não é razoável que, por causa de um dedo partido ou uma entorse num pé, um cidadão de Espinho seja obrigado a ir de ambulância ou táxi para Gaia – porque não há comboio para lá – e fique cinco, seis ou sete horas na Urgência à espera de ser atendido”.

A recolha de assinaturas que apela à reabertura do Serviço de Urgência Básica no Hospital de Espinho foi realizada “em três meses e meio”, com recurso a um grupo de voluntários que angariaram esses apoios “porta-a-porta ou em estabelecimentos comerciais de grande afluência, como cafés e farmácias”.

António Moreira considera que “as pessoas aderiram de forma entusiástica” e acredita que, caso a campanha se tivesse alargado às freguesias de concelhos vizinhos contíguas a Espinho, muitos mais seriam os subscritores da petição.

“Foi por opção que não o fizemos nesta fase, mas não falta gente que nos apoiaria neste objetivo por saber que a Urgência de Espinho é a que está mais perto das suas freguesias, como acontece com S. Félix da Maria [no concelho de Gaia], Esmoriz [no de Ovar] e Nogueira da Regedoura ou S. Paio de Oleiros [no da Feira]”, conclui.

LUSA/SO

 

Gedeon Richter

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