23 Mar, 2017

Greve dos trabalhadores bancários com grande adesão em serviços médicos

A adesão à greve de hoje dos trabalhadores dos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) dos bancários ronda os 75%, encontrando-se encerrados alguns serviços no Centro Clínico e no hospital em Lisboa

O representante dos trabalhadores Rui Marroni adiantou que estão em greve trabalhadores administrativos do sindicato, pessoal médico e enfermeiros que prestam serviço nos SAMS, o subsistema de saúde dos bancários que é gerido pelo sindicato dos bancários.

Os trabalhadores do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) estão hoje em greve contra a intenção da entidade patronal de acabar com as convenções coletivas, encontrando-se concentrados junto ao Hospital SAMS e Centro Clínico, em Lisboa, deslocando-se depois ao Ministério do Trabalho.

Rui Marroni adiantou que “a adesão à greve ronda os 75%. Estão encerrados ao público serviços relacionados com as consultas, internamento, fisioterapia, imagiologia, isto no Centro Clínico e no Hospital o bloco operatório não está a funcionar. Só estão a funcionar os serviços mínimos”.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Rui Riso, disse que à exceção dos blocos operatórios, os “serviços estão a funcionar dentro da normalidade”.

“Conseguimos adiar antecipadamente algumas cirurgias. O resto dos serviços estão a funcionar”, disse.

De acordo com Rui Marroni, “as pessoas não aderiram à greve porque muitos estão a recibo verde, com contrato a termo certo e têm medo de despedimentos”.

“Infelizmente, a forma contratual usada pela entidade patronal, o sindicato dos bancários sul e ilhas, tem sido o recurso ao trabalho precário, a recibo verde”, disse.

Rui Marroni disse que em causa está a suspensão pelo sindicato das convenções coletivas de trabalho e degradação das condições de trabalho.

“Em causa está a falta de negociação com o sindicato dos bancários. Os trabalhadores apresentaram em 2011 uma proposta de denúncia das convenções coletivas, que decorreram regularmente até 2013, mas, depois disso deixaram de marcar reuniões e pararam o processo negocial”, disse.

Rui Marroni explicou que em novembro os trabalhadores tiveram a informação de que tinha sido requerida a caducidade das convenções coletivas de trabalho, levando os trabalhadores a avançar para as greves.

“Esta situação indignou os trabalhadores porque não faz qualquer sentido uma estrutura que é um sindicato estar a acabar com a contratação coletiva na sua instituição”, salientou.

Rui Marroni disse ainda que em fevereiro os trabalhadores pediram uma reunião ao ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, e ainda não obtiveram resposta.

Os trabalhadores abrangidos pela greve são os afetos ao Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Sindicato dos Médicos da Zona Sul, Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde, Sindicato Nacional dos Profissionais Farmácia e Paramédicos e Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses.

LUSA/SO

 

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