Ministério da Saúde aprova construção de nova ala pediátrica do Hospital de S. João

O Ministério da Saúde aprovou a construção da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de S. João, no Porto, uma obra que representa um investimento de cerca de 20 milhões de euros, anunciou hoje a ARS-Norte

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte afirma que o plano que o conselho de administração do Centro Hospitalar do São João apresentou à tutela, e que agora foi aprovado, “para além de contemplar a instalação definitiva do internamento pediátrico em instalações condignas, vai igualmente permitir que, na mesma ala, sejam desenvolvidas áreas complementares ao Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN)”.

“Serviço de Urgência Pediátrico Metropolitano, Trauma e Doente Crítico Pediátrico e Neonatal, Unidade de Queimados, Cardiologia Pediátrica (incluindo cirurgia cardíaca), Doenças Hereditárias do Metabolismo e Centro de Referência Nacional de Oncologia (aqui em articulação com o Instituto Português de Oncologia-Porto)”, são as áreas complementares que serão desenvolvidas na nova ala, acrescenta a ARS-Norte.

Com esta aprovação, vai ser possível responder “a uma situação demasiadamente precária que, desde 2011, se verificava com a instalação do internamento pediátrico do S. João”, sublinha a ARS.

O internamento pediátrico daquele hospital funciona em contentores, no exterior do edifício central do Hospital de S. João.

Contactada pela Lusa, fonte da ARS-Norte referiu que o Ministério da Saúde aprovou o plano do hospital “este mês”.

Quanto ao início da obra, disse, está já a ser desenvolvido “o processo administrativo” para que a empreitada “se inicie ainda este ano”.

Na sua edição de hoje, o jornal Público afirma que “as atuais instalações do internamento pediátrico do Centro Hospitalar do S. João, a funcionar há anos em contentores, estão a deteriorar-se de dia para dia, comprometendo o conforto e o bem-estar das crianças”.

O diário refere que uma avaria no sistema de ar condicionado obrigou recentemente os doentes a suportarem temperaturas muito baixas, tendo necessidade de dormir com casacos e outros agasalhos para ficarem mais confortáveis.

Mas também “problemas no sistema de aquecimento fazem com que doentes tenham de ser transferidos de enfermaria enquanto a avaria não é reparada”, sendo que as queixas proveem tanto doentes como de profissionais.

O Público salienta ainda que “o internamento pediátrico debate-se com outras insuficiências como infiltrações de água que fazem com que chova dentro dos contentores”.

De acordo com o diário, o internamento pediátrico, que conta com 54 camas, foi transferido para os contentores em 2008.

LUSA/SO

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